Autismo aumenta 400% um desafio para médicos

Autismo aumenta em 400% um desafio para os médicos

A academia Americana de pediatria, afirma que o número de pessoas com diagnóstico de transtorno de espectro do autismo (TEA) cresceu cinco vezes nos Estados Unidos, de 2000 a 2016. O dado corresponde a crianças sem deficiência intelectual avaliadas aos oito anos de idade. já o número de crianças autistas com deficiência intelectual dobrou nos 16 anos analisados.

A medicina tem levantado algumas hipóteses através dos conhecimentos de médicos sobre TEA, mais diagnósticos da população, aumento de pais em idade avançada (fator de risco) e até um “afrouxamento” da definição de autismo, que poderia estar causando uma inflação diagnóstica. Sem êxito em descobrir as razões exatas deste aumento.

Segundo o Centros de controle e prevenção de doenças (CDC): “o último dado foi de 1 para cara 36 [pessoas]. Dois anos antes, era 1 para 44, e 20 anos antes 1 para 250. relatando um aumento exponencial. Cita Erasmo Casella, do Hospital Albert Einstein. E continua afirmando que é mais fácil neste momento descartar as respostas erradas:

 

“Está super comprovado há muitos anos, que vacinas não têm relação com autismo”

“O TEA é genético, mas por exemplo, prematuros extremos com complicações têm mais chances de ter autismo”

 

Além daqueles que são fruto de “pais mais velhos”.

 

O neurologista aponta que o maior acesso e o desenvolvimento de conhecimento dos médicos contribuiu para o aumento.

 

Distribuição desigual do aumento nos casos de autismo

 

Além do crescimento nos casos, outra novidade trazida pelo estudo publicado na revista pediatrics é que o aumento do autismo não se distribuiu uniformemente: ele está mais associado à ausência de deficiência intelectual. Josephine Shenouda doutora em saúde pública e principal autora da pesquisa, acredita que há uma subnotificação dos casos e não um crescimento.

Autismo com deficiência intelectual, cuja condição é chamada por alguns cientistas de “autismo profundo”, são aqueles que precisam de cuidados. Alguns são não verbais, ou seja não se tornam fluentes na comunicação por fala. 

Outro estudo publicado na public health reports, envolvendo mais de 20 mil criançasde oito anos, concluiu que os casos de autismo profundo hoje são 26,7%, cerca de um em quatro. Os sem deficiência são os casos mais leves, como aqueles que tinham a antes chamada “síndrome de Asperger”: são pessoas sem problemas de autonomia, e apenas com dificuldade de entedner algumas sutilezas sociais.

 

Psiquiatra se arrepende de ajudar nos diagnósticos de autismo

 

O psiquiatra americano Allen Frances, ex-lider de edição de manuais de diagnóstico na área, e saiu.
“Sinto muito por ter ajudado a baixar o padrão da exigência de diagnóstico” pronunciou Allen no New York Post. afirmando que “afrouxaram a definição de autismo” e “contribuíram para a criação de modas de diagnóstico que resultaram na inflação diagnóstica de transtornos autista em crianças e adultos”

A primeira edição de 1962 do (DSM – Manual diagnóstico estatístico dos Transtornos Mentais), caracterizava 60 transtornos mentais. A quinta edição, a mais recente, tem mais de 300. 

Ele também critica a noção de “espectro” introduzida na quinta edição: “isso obscureceu ainda mais a fronteira entre transtorno mental e diversidade normal”

 

Ativismo identitário atrapalha os autistas

 

Escher teve Jonathan em 1999, e o diagnóstico veio dois anos depois. Na gestação seguinte, ela ouviu dos médicos que “um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”. Porém 16 meses após o nascimento de sua filha Sophie, a menina também mostrou os sinais claros de autismo: “como o seu irmão, ela não atingiu nenhum dos marcos cognitivos ou de linguagem, nem de perto. Autismo, mais uma vez”.

A mãe compartilha sua insatisfação com o ativismo na área:

 

“A ascensão recente do movimento identitário da ‘neurodiversidade’, no qual o autismo é reinventado como uma diferença natural para ser celebrada, não investigada, prevenida ou tratada, ajudou a espalhar um pó mágico de complacência sobre o mundo do autismo”.

 

o ativismo também atrapalha com “conceitos fantasiosos”, como a proibição de pagar baixos salários a pessoas com deficiência intelectual severa, o que acaba eliminando por completo as vagas para esse público.

 

 

“significa que pessoas como os meus filhos perderão sua única chance de ter um trabalho, estruturado, sustentado e produtivo, e serão empurrados ainda mais para as margens da sociedade”.

 

“parte de mim entender” os esforços dos ativistas, diz Escher. Ela própria já ajudou inúmeras pessoas com autismo e organizou mais de 200 eventos, de festas a reuniões. Porém, não acha que o aumento de casos se deve a uma mera questão conceitual no diagnóstico, mas a um fenômeno concreto cujas causas a ciência foi tragicamente incapaz de descobrir. Contra isso, ela afirma: larguem o “guarda-chuva absurdo” do “espectro autista” e passem dividi-lo em subcategorias com mais significado e relevância.

fontes: 

 

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